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A epidemia de estupro contra a mulher no Brasil: sinais de que ainda não entramos no século 21

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Ainda que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal, informou na sexta-feira (4) que errou ao divulgar na semana passada os dados da pesquisa, segundo a qual 65,1% dos brasileiros concordam inteiramente ou parcialmente com a frase “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”; de acordo com o instituto, o percentual correto é 26%… O resultado continua alto e nos choca.   Além de chocar e levar a indignação, preocupa pois mostra ainda o retrato do pensamento do brasileiro, colocando a mulher numa posição de desrespeito e inferioridade. Sem dúvida, reflexo de nosso atraso educacional e cultural, que nos mantém no século passado nestes quesitos comparados a nações desenvolvidas. Este dado nos leva a refletir sobre nossa experiência clínica no  PROVE , do aumento dos casos de mulheres com quadros psiquiátricos em decorrência do estupro, devido a uma verdadeira epidemia de violência sexual contra a mulher. A violência sexual ocorr

Por que uma política de gênero feminista?

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Em primeiro lugar, porque ser feminista é defender a igualdade entre os gêneros, com respeito a todas as diferenças. Porque, apesar dos avanços e conquistas das mulheres, há ainda na sociedade discriminação em variadas manifestações. É preciso superar essa situação para fazer avançar a democracia e o aperfeiçoamento das relações humanas. Porque há ainda na cultura, nas relações familiares, sociais, econômicas e políticas um culto ao padrão universal: o todo, o masculino, o homem branco. É preciso atualizar esse paradigma, pois ele não condiz com a realidade: a população feminina e a população negra são maioria, e isso ninguém pode negar. Precisamos construir uma cultura de compartilhamento, e não mais de hierarquia e submissão. Porque as mulheres são sub-representadas na política e querem empoderamento. Porque as mulheres, em média, ganham menos que os homens, mesmo quando têm maior qualificação (anos de estudos) no mesmo trabalho. E isso precisa mudar, urgentemente. Po

O Protagonismo das Mulheres - CNTU

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As mulheres constituem 52% da população brasileira e do colégio eleitoral do País, 46% da População Economicamente Ativa (PEA) e 44% da população ocupada. Para cada 100 brasileiros com 12 anos ou mais de estudos, há 57 mulheres e 43 homens e, em quase todos os setores da economia, as mulheres que trabalham têm média de escolaridade superior à dos homens. Esse protagonismo feminino no Brasil é observado também em nível mundial, notadamente nas sociedades em que as relações sociais de produção são predominantemente capitalistas e globalizadas. O fenômeno trata-se de um complexo processo de transformação social em que as mulheres emergem como força política, participando da vida pública e trazendo para o espaço social questões antes restritas ao mundo doméstico. Com a industrialização e o amplo emprego das mulheres no trabalho fabril, elas passam a frequentar a vida pública, ou seja, a agir na pólis através do exercício público da palavra. E a palavra que emerge dos moviment

Tipos de Autismo

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